quinta-feira, 12 de abril de 2012

Al Kooper - Somethin' Goin' On

  Membro do Blues Project a partir da metade dos 60’s, banda pioneira no rock psicodélico de Nova York. O primeiro disco Live at The Cafe Au Go Go é daquelas pauladas de blues e R&B no melhor estilo Yardbirds, com covers de Muddy Waters, Willie Dixon e Chuck Berry mais alguns de nossos trovadores preferidos Donovan e Eric Andersen.
  Aquele riff com órgão Hammond  em Like a Rolling Stone e outros clássicos 65-66 (incluindo a maravilha Positively 4th Street) do Dylan são de Al Kooper. E foi nessa época que conheceu o amigo super guitarrista Mike Bloomfield com o qual tocou muito e gravou álbuns fantásticos, como The Live Adventures of Mike Bloomfield and Al Kooper e Super Session (com  Stephen Stills), viagens lindas que qualquer fã dos “Power Trio” mais conhecidos aqui no Brasil ia pirar, guitarra + órgão num teor sonoro e uma atmosfera fascinante que só os dois criavam.
  Em 1967 formou a banda de jazz-rock-psicodelia Blood, Sweat & Tears. Produziu ou tocou com artistas como os Rolling Stones, George Harrison, Rick Nelson, Jeff Baxter, B.B. King, The Who, Judy Collins, Shuggie Otis, Moby Grape, Butterfield Blues Band, Simon & Garfunkel, Jimi Hendrix Experience, Eric Andersen, Lynyrd Skynyrd, Alice Cooper, Johnnie Johnson, Cream, Peter, Paul and Mary, Moby Grape, Taj Mahal, Rita Coolidge, Brewer & Shipley, Roger McGuinn, Nitty Gritty Dirt Band, Ray Charles (ufa!), etc.
  Estava na banda de Bob Dylan no Newport Folk Festival em 1965, com os músicos Mike Bloomfield, Jerome Arnold, Sam Lay e Barry Goldberg, quando Bob foi chamado de traidor do movimento folk e vaiado exaustivamente ao eletrificar seu som, na época vidrado nas bandas britânicas. Um momento histórico e decisivo pra música.
  O guitarrista que virou o “Mago das Teclas” para tocar com Bob Dylan, além de estar presente em alguns dos maiores álbuns da história do rock: Highway 61 RevisitedLet It Bleed e The Who Sell Out, fez trilhas sonoras de filmes e para TV. Também não posso deixar de dizer que as capas de seus discos são algumas de minhas preferidas.
  O nome do seu livro de 77, Memórias de Um Sobrevivente do Rock and Roll, já nos diz com quem estamos lidando...
01. Went To See The Gypsy
02. I Can't Keep From Crying Sometimes (Blues Project)
03. Goin' Down Louisiana (Blues Project)
04. Shuggie's Shuffle (w. Suggie Otis)
05. I Bought You the Shoes
06. The Weight (w. Mike Bloomfield)
07. Positively 4th Street (Bob Dylan)
08. Somethin' Goin' On (Blood, Sweat & Tears)
09. 59th Street Bridge Song (Feelin' Groovy) 
    (w. Mike Bloomfield)
10. It Takes a Lot To Laugh, 
    It Takes a Train To Cry (w. Stephen Stills)
11. Back On My Feet
12. The 59th Street Bridge Song (w. Mike Bloomfield)
13. I Got a Woman
14. In My Own Sweet Way
15. You Never Know Who Your Friends Are
16. Brand New Day
17. Green Onions
http://www.4shared.com/rar/_LJj5UvA/Al_Kooper_-_Somethin_Goin_On.html
-------
- I Stand Alone (Sony Music Distribution) 1968
- Bloomfield - Kooper - Stills - Super Session 
  (Sony Music Distribution) 1968
- The Live Adventures of Mike Bloomfield and Al Kooper 
  (Columbia/Legacy) 1969
- You Never Know Who Your Friends Are (Columbia) 1969
- Easy Does It (Sony Music Distribution) 1970
- Kooper Session: Super Session, Vol. 2 (A&M) 1970
- New York City (You're a Woman) (CBS) 1971
- A Possible Projection of the Future (Columbia) 1972
- Naked Songs (Japanese Import) 1972
- Al's Big Deal/Unclaimed Freight (Sony/Columbia) 1975
- Act Like Nothing's Wrong (One Way) 1976
- Four on the Floor (Casablanca) 1979
- Championship Wrestling (Columbia)
- Rekooperation (Musicmasters)
- Soul of a Man: Al Kooper Live (Musicmasters)
- Black Coffee (Favored Nations)
- Rare & Well Done: The Greatest & 
  Most Obscure Recordings 1964-2001 (Sony/Columbia)
- Fillmore East: The Lost Concert Tapes 12/13/68
  (Columbia/Legacy)



domingo, 1 de abril de 2012

The Rolling Stones - 2.000 Light Years From Home

  Canções como Blue Turns To Grey, The Singer Not the Song e I’m Free, de 1965, tem aquele gostinho maravilhoso da eletrificação do folk ‘Dylan/Byrds’ e o caminho certo que a sonoridade de Like a Rolling Stone de Bob pregava. Pronto, o rock estava traçado no tempo certo. O Flower Power “abrindo” as cabeças da moçada, preparando seus ouvidos para Revolver e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles quebrarem tudo.
  A psicodelia e o experimentalismo dos Stones em 66 e 67 caminhavam de Aftermath, Between The Buttons, até Their Satanic Majesties Request, esse último odiado por uns e aclamado por outros (eu, por exemplo, amo esse disco).
  Na gravação do álbum raramente a banda estava completa, um dos motivos foi a série de prisões que acontecia entre seus membros e o excesso de drogas que sempre “tiravam do ar” algum Stone, ou vários.
  Como não gostar do disco? Bill Wyman assina e canta In Another Land, uma das minhas músicas psicodélicas favoritas. O “timinho” que participa da faixa: Steve Marriott, Ronnie Lane e Nicky Hopkins. Jagger e Richards adicionaram os backing vocais e a guitarra numa outra sessão. Um dos pianos mais lindos do rock é o de Nicky Hopkins em She's a Rainbow, uma pintura em que visualisamos as cores através do som, uma obra máxima com arranjo de cordas de John Paul Jones: “Ela chega nas cores em todo lugar, penteia seus cabelos e é como um arco-íris, trazendo cores no ar”
  O retorno pra suas raízes em 1968 com Beggars Banquet só mostrou o poder da maior banda de rock’n’roll dos universos de passear na música da melhor maneira possível. O mais perfeito R&B no início dos anos 60 até atingirem o êxtase em Honky Tonk WomenJumpin’ Jack Flash, cravando sua identidade nos discos da primeira metade dos 70’s.
  O rockão Memo from Turner, de Jagger, contando com o solo de Ry Cooder, estava na união dessas décadas de ouro. Trilha do filmaço psych Performance. Muito mais pesado que o clima Woodstock, com suas cores vibrantes e as cenas “reais” de sexo entre Anita Pallenberg e Mick Jagger, um drug movie visto como um “cinema arte 60’s” num clima denso nada paz & amor.
  Have You Seen Your Mother e Connection são sons sujos stoneanos nos quais os vocais de Jagger auxiliados por Richards nos proporcionam o prazer de ouvir a essência crua e pura do rock. Elas me prenderam nesse círculo vicioso de ouvir tanta coisa e sempre acabar em Stones. Em Sittin' on a Fence também, repare Keith sempre nos chamando ao fundo da canção... Out of Time já é uma maravilha chique que entra na cabeça  e se aloja. Child of the Moon: pura psicodelia irmãzinha de Rain dos Beatles, com aquela toada chapante e envolvente.
  Os Stones são os Stones, nada os supera. Só mais uma curiosidade particular: a marcha nupcial do meu casamento foi Ruby Tuesday. Só pra cravar um vínculo com essa banda "até que a morte nos separe".
01. Hear It
02. Sittin' On a Fence
03. In Another Land
04. The Singer Not The Song
05. Memo From Turner
06. I'm Free
07. Have You Seen Your Mother, Baby, 
    Standing In The Shadow?
08. She's a Rainbow
09. Out Of Time
10. Blue Turns To Grey
11. Child Of The Moon
12. We're Wastin' Time
13. Connection
14. I'd Much Rather Be With The Boys
15. We Love You
16. If You Let Me
17. Take It or Leave It
18. Something Happened To Me Yesterday
19. Citadel
20. Ruby Tuesday
21. Family
22. The Lantern
23. 2000 Light Years from Home
24. Sleepy City
-------

- December's Children (And Everybody's) (ABKCO Records) 1965
- Aftermath (ABKCO Records) 1966
- Between the Buttons (ABKCO Records) 1967
- Flowers (ABKCO Records) 1967
- Their Satanic Majesties Request  (ABKCO Records) 1967
- Beggars Banquet (ABKCO Records) 1968
- Metamorphosis (IMS/ABKCO Records/Universal Int'l)
- Singles Collection: The London Years (IMS/ABKCO/Universal)
- Box The First Decade 1963-1973 (Big Music)
- Bootlegs